Como é doce a chuva que cái sobre mim e molha minha alma
colando os pedaços do meu coração já despedaçado.
Como é doce a chuva com o seu cheiro de água e sabor de verdade
que cái sobre mim, banhando-me de vida, encharcando minhas raízes
e me fortalecendo com os seus tão inteiros pingos de grandeza.
Molha-me e leva contigo o que me desestabiliza e me enfraquece.
Lava as minhas palavras, a minha voz e a voz do meu silêncio inquieto intercalado
entre uma e outra palavra molhada adoçando de água
minha alma que não deve secar de solidão.
Mara Asantewaa
2 comentários:
As raizes desses versos entranharam meu sentimento de culpa por não ter chorado mais pelo meu Outro...pelo amante das minhas letras...pelo desterro das pegadas do Eu-amigo e por ter secado de angústia por não ter reconhecido a ele quando ele pretendia ser Eu.
Valeu, Marah, faço minhas suas molhadas palavras!
fatima vc tem razão é inegavel a beleza desse poema e o seu comentário por si revela a preciosidade da sua exencia poetica, mas gostaria de ressaltar que poesia é de Mara Asantewaa e não de Marah Akin a quem vc se refere mais bem que poderia ser já que esta se revela uma otima dominadora das vertentes palavrianas.
adupé
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