quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Só mais alguns rabiscos

Se as poesias que escorrem das minhas mãos vazias não te servem senhor.
Então ficas com as tuas brancas e frias.
Sem alegria,
sem fantasia,
sem dor,
sem sabor,
presas e castas, que se arrastam sobre as linhas retas de um escrevedor.
Enquanto eu...
eu saboreio as minhas pretas,
putas,
nuas que flutuam no iluminar da lua
e embriaga as ruas com a sua doce simplicidade de existir.
... Ah Senhor!
Se o calor das minhas palavras não te agrada.
Deixe-as comigo, e no abrigo da minha sede as beberei,
as comerei e hesitarei cada vez mais o meu desejo de lambuzar palavras despidas
de padrão,
de patrão,
de limitação,
de muitos e tantos não.
Lambuzarei rabiscos traquinos,
certeiros,
feiticeiros
e arteiros (rsrsrs) contra a sua eterna servidão de ser...
Correto???
Ah Senhor!
Estais certos de que não queres experimentar palavras com cheiro de mar?
Com sabor de brisa fresca e com brilho de escuridão?
Com fortaleza de menina e sutileza de vulcão
Humm Senhor...
Talvez sejas tarde se por acaso querer depois.
E ai sehor, já foi!
Já terei incendiado toda tentativa de viver a poesia da vida, com a essência viva das poesias que escorrem das minhas mãos vazias e fazem brotar vida do chão.


Mara Asantewaa

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OHENE NIWA

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