segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

HOMEM DE FERRO

Chorei, e o sol foi testemunho da profunda escuridão
que embalou as cinco e meia no solar do unhão,
não resistir ao ouvir "In The Dark" me fudendo por dentro,
sugando todo desespero da razão contida em mim.

As nuvems carregadas escondiam os meus raios de esperança.
Nina me embalou nos teus braços e os meus olhos cerrados me fizeram recusar
o convite das pedras daquele cais.

Olokum testemunhou a minha dor,
o desespero do leão machucado.

Foram tantas as gotas de sofrer que a ferida demorou a sarar.
Foram tantas, mais tantas,
que eu já não sabia o que era lagrima ou o que era mar.

Olukemi

sábado, 27 de novembro de 2010

No elevador do filho de Deus

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas

Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
feito punheteiro de chuveiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento

Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.

Elisa Lucinda

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu Faço!

Oxi!
Eu faço é puesia moço
Essa coisa boa que entra pelo ouvido e penetra a alma
Esse negoço gostoso que futuca
Que cutuca
Que esquenta
Mas também que acalma
Oxi moço, puesia é bom viu
Você pode fazer acumpanhado
Pode fazer no culetivo
E pode fazer suzinho
Eita que puesia gostosa de mais viu...
Ela te pega de jeito
Ela te pega com jeito
Ela te pega cum jeitinho...
Te faz um carinho...
Olhe! A puesia pode falar da pulítica
Ela pode ser pulítica
Ela pode fazer crítica
Ela pode ser crítica
É moço, ela provoca reflexão
Provoca até... hummm!!!
Moço pense em uma puesia gostosa
Que te faz sentir calor só com as palavras
Imagine moço essa puesia na prática.... rsrsrs
Imagine moço, porque faz bem pra todo mundo.
Ela te pega daqui e te leva pra li...
Pra li, pra onde tu quiser ir.
Tu sabe que tu pode ter uma rotina poética?
Puesia que fale de estética
Que fale de ética
Uma puesia que deixe as pessoas assim tudo frenética
Oxi moço, é porque tem puesia que balança a pista
Tem até puesia dispida
É dispida, assim de padrão
De patrão
Puesia assim toda nua...
Ela tem muitas utilidades num sabe
Basta o moço saber aplicar
Praticar
Assim deixar
Deixar... penetrar.
Oxi moço, eu faço é puesia viu.
E tu moço faz o que?
Sabe não é?
Então deixa a rotina poética penentrar em você.

Mara Asantewaa

sábado, 23 de outubro de 2010

Desejo-li


Sinto vontade do calor da tua boca entre minha cochas
passiando na conjuntura do falso pecado
que m seduz como um bom calice de vinho
acompanhado do frio do gelo q escurrega entre teus dedos

Calor e ardor entrelaçados entre os corpos ritimados
que dançam com a canção do erotismo
que pulsa meu sexo sedento
que anceia tua chegada

Quero tua boca em minhas bocas acompanhadas de mordidas sacanas,
suas mãos em todos os lugares
desbravando o cio do meu corpo
entregue as delicias do prazer

Sua lingua passei entre meus seios rigidos,
em movimentos freneticos,
desesperados.

Quero enlouquecer entre suas pernas e sentir o teu gosto em minha boca
e que dele saia todo mel produzido do desejo carnal em valsas dos corpos eternizados por deliciosas lembranças de sussuros,de gozos,de sexo proibido


(Michele Costa)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Desejo-te


Não esqueço do seu abraço
E em um piscar de olhos ainda sinto o seu cheiro
Invadindo e alimentando as células
da minha vontade de você
Como se os seus cabelos enrolados
me embaracem em teu pescoço
Cravando os meus dentes na ponta de cada pelo do teu corpo.

Manifestar toda a minha libido através da
Respiração suavemente agressiva ao pé do teu ouvido
Ouriçando meus dedos longos nos cachos da tua nuca
Minha boca se perdendo entre os teus lábios
E se achando nas rotulas dos teus seios
Sentindo-os enrijecer entre os meus lábios carnudos

Bailando no batuque africanizado da batida frenética do seu coração
Perdendo-me no labirinto do teu modelo deliciosamente farto
E me achar no ângulo perfeito dentre seu compaso
Me enfeitiçar com a visão privilegiada do seu sexo
E me afogar no rio de chocolate da nascente do teu segredo
Pronto pra devorar o que tens de mais valioso

Uma pedra de gelo para equilibrar o calor dos nossos hormônios
A cama que eram pra dois,
Espalhar-te inteira como uma rosa negra a desabrochar.

Não existem mais palavras para saciarem a minha sede de você,
Nem direita e nem esquerda
Seu caminho é pelo meio,
Não quero partido
Quero cada frase por inteiro
Sem virgula
Se parêntesis
Sem ponto final...


Zezé Olukemi

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quero e ponto


Quero,
teu cheiro,
teu desejo,
teu sexo.
Pouco importa a hora,
a forma,
o contexto.
Quero tua mão em meu corpo,
meu corpo em teu rosto,
teu rosto em minha saliva.
Mesmo que m recrime,
as pessoas descriminem e não compreendam o q eu mesma não entendo.
Quero,
quero,
e como eu quero,
esse sorriso meigo,
esse olhar doce,
essa voz firme.
T quero
T quero
T quero
e q traga contigo esse perigo sombrio
esse risco vadio,
esse surto arredio
Quero,
quero
e ponto


Michele Costa

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sou e não sou


Sou e não sou
Nego e afirmo numa unica frase
gostos que antes m agradavam
Hoje não mais m satisfazem
e amanha tudo volta ao normal!!!
Tudo depende do dia , da hora, do contexto
onde a razão e a emoção vivem em eterna corda bamba
gostos são mutaveis, sonhos são volateis
a mercer do propio destino
Destino traçado, muito planejado e quase nunca executado
Assim sigo sem lenço, com muitos documentos que nada dizem do que realmente sou
Se chove quero praia
Se faz sol quero cinema
e a unica certeza que nada m satisfaz
Sempre quero mais
Mais do q quero
Mais do q permito
Apenas quero....


(Michele Costa)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Teus Olhos




Quando te vejo
Chego a sentir calafrios no peito
O meu corpo treme todo
É um louco desejo

Os meus lábios ressecam
Menina quero teu beijo
Vem correndo e me abraça
Que fico daquele jeito

Me nocauteia, me abala
É um soco no queixo
Mas quando fazes um denguinho
Aí eu me derreto

E o ar que me mantem vivo
É o que tem o seu cheiro
Me embriago, perco os sentidos
Com o mel dos teus beijos

To viciado, atordoado.
E não quero sossego
Quando meu corpo encontra o teu
É o encaixe perfeito

Eclipse, Apocalipse
Me falta o conceito
Quando me acho no teu colo
É aí que me perco

Os teus olhos quando atiraram
Me acertaram em cheio
Nada mais quero se não for
O teu amor por inteiro

Vem minha rainha e faz de mim
o seu fiel escudeiro
Minha vida sem ta contigo
É um total pesadelo
E quem diria aconteceu o que eu mais temia

O teu olhar flechou o meu
Me deu uma agonia
Pensei será que to ouvindo essa melodia
Era uma voz me sussurrando
Ela quer ser tua ninha


Agora neguinha vem se perder
Entre meus braços que serei teu guia
Vou te guiar entre meus sonhos
Realizar suas fantasias

E te prometo que terás
Uma aventura todo dia
Dormir no colo do arco íris
Acordar no lar da alegria
Vai inspirar toda beleza
Pois sua beleza contagia

Me lembro vida
E até hoje me vem uma emoção
Recitando Léo Jaime
Conquistei seu coração

Que os livros na estante
Já não tem mais importância é um fato
Quando tento me concentrar
Me vem na mente seu retrato

Jogo tudo para o lado e fico ali pensando em ti
No teu rosto tua boca, teus beijos tudo enfim
Quando ouço uma canção
Já deu pra perceber
Se ela fala de amor penso logo em você.


Zezé Olukemi



terça-feira, 28 de setembro de 2010


Tentei e muito!


Tentei varias vezes demonstrar meu amor
Tentei fazer você exegar seus erros
Tentei inúmeras vezes não acreditar que acabou
Tentei não esconder o quanto eu te desejo

Tentei acreditar que o sentimento existia
Tentei não ter medo de ser feliz contigo
Tentei ver somente em você minha alegria
Tentei ser namorado, amante e amigo

Tentei estar com você na dor ou na felicidade
Tentei te fazer feliz do jeito que eu sei
Tentei não esconder minha simplicidade
Tentei pedir desculpa quando te magoei

Tentei aos seus costumes me adaptar
Tentei deixar de lado meu ego
Tentei fazer nosso relacionamento vingar
Tentei fazer durar pra que fosse eterno

Tentei estar longe, mas estar sempre presente
Tentei sem palavras te dizer
Tentei não viver com você ausente
So não quis TENTAR pensar em te perder... mas perdi!

Réu

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Não fumo derby, free, e muito menos malboro
Por isso eu sei sou forte como um touro
O meu carro, super carro, 4x4
Tem tração nas quatro rodas
Pra no rally da vida
Eu não ficar de fora

O moleque fica doido
Fuma a porra da criptonita
Pra te livrar dessa vida
Faço uma fusão de Goku com Vedita
Me transformo num antibiótico sonoro
Penetro no seu ouvido,
Te dou uma overdose de consciência
Antes que o juiz bata o martelo
E te dê a sentença

Na seqüencia
Jabe , direto, nokalte certo
Paletó de madeira
Em um envelope de concreto

Esquecido na ultima gaveta
No reino dos corpos mortos
Gerando vida aos germes, vermes
Canibalizando sua carne, suas vestes
Penetrando por quais buracos quiseres

E seus ossos incinerados, queimados,
por qualquer canto jogados, não considerados
já era uma super man periférico
agora esquecido, abandonado, mais um invisivel sem mérito

Eu resisto!
Granola, açaí, cha mate, grão de biko

Eu resisto!
Força, persistência, inteligência, equilibro

Eu resisto!
Não viajo na coca, nem coca –cola, nem cola, nem vem que não cola
Nesse caminho não trilho minha história.

Eu resisto!
Ficarei na memória dos jovens caretas que morrerão velhos caretas
Pois não se afogam no copo de cerveja de bobeira
Perdendo as estribeiras, fazendo besteira
Vacilando com a mãe, amigos, a preta
Aquela nega que sempre esteve ao seu lado
Tolerando suas asneiras

Eis aqui um intelectual orgânico
Epstemologicamente falando
Nasci assim, não pedi e genético
Coisa de família, passado de mãe pra filho
Sofro de esquisofrenia frenética
Tenho convulções psicodélicas
transformo sonhos e utopias em belas materias

Eu admito sou um doente
Que nem duendy do furia consciente
Ele psicopata das letras
E eu psicopata das latas
Faço um arco Iris na sua massa encefálica
E deixo meu tag na sua mente.

Jackson Almeida (liga) e zezé olukemi

OHENE NIWA

OHENE NIWA
reCaDo dADo !